quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

Catequese com o Papa Francisco – 26/02/14 - Unção dos Enfermos



CATEQUESE - UNÇÃO DOS ENFERMOS
Praça São Pedro – Vaticano
Quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014



Queridos irmãos e irmãs, bom dia

Hoje gostaria de falar a vocês do Sacramento da Unção dos Enfermos, que nos permite tocar com a mão a compaixão de Deus pelo homem. No passado, era chamado “Extrema unção”, porque era entendido como conforto espiritual na iminência da morte. Falar, em vez disso, de “Unção dos enfermos” ajuda-nos a alargar o olhar à experiência da doença e do sofrimento, no horizonte da misericórdia de Deus.


quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

Catequese com o Papa Francisco – 19/02/14 - Confissão



CATEQUESE - Confissão
Praça São Pedro – Vaticano
Quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014




Queridos irmãos e irmãs, bom dia!

Através dos Sacramentos da iniciação cristã, o Batismo, a Confirmação e a Eucaristia, o homem recebe a vida nova em Cristo. Agora, todos sabemos disso, nós levamos essa vida “em vasos de barro” (2 Cor 4, 7), ainda estamos sujeitos à tentação, ao sofrimento, à morte e, por causa do pecado, podemos até mesmo perder a nova vida. Por isto o Senhor Jesus quis que a Igreja continuasse a sua obra de salvação também através dos próprios membros, em particular o Sacramento da reconciliação e aquele da Unção dos enfermos, que podem ser unidos sob o nome de “Sacramentos da cura”. O Sacramento da Reconciliação é um Sacramento de cura. Quando eu vou confessar-me é para curar-me, curar a minha alma, curar o coração e algo que fiz e não foi bom. O ícone bíblico que o exprime melhor, em sua profunda ligação, é o episódio do perdão e da cura do paralítico, onde o Senhor Jesus se revela ao mesmo tempo médico das almas e dos corpos (cfr Mc 2,1-12 // Mt 9,1-8; Lc 5,17-26).


domingo, 16 de fevereiro de 2014

SERMÃO DA SEPTUAGÉSIMA

SERMÃO DA SEPTUAGÉSIMA


Santo Antônio de Lisboa


Exórdio. Sermão para formar o coração do pecador


1. No princípio criou Deus o céu e a terra 1.

A Ezequiel2, ou seja, ao pregador3, fala o Espírito Santo: E tu, filho do homem, pega num tijolo e desenha nele a cidade de Jerusalém. O tijolo, pelas quatro propriedades que possui, significa o coração do pecador4. Forma-se de duas tábuas5, é levado a uma extensão determinada, consolida-se pelo fogo, torna-se vermelho. Também o coração do pecador deve formar-se entre as duas tábuas de ambos os Testamentos. De fato, no meio dos montes, isto é, dos dois Testamentos, como diz o Profeta6, passarão as águas, a saber, as águas da doutrina7. E diz bem: forma-se, pois que o pecador, deformado pelo pecado, recebe forma pela pregação de ambos os Testamentos. O tijolo é levado a uma extensão determinada, já que a amplidão da caridade alarga o coração estreito do pecador. 

Donde a palavra do Salmo8: O teu mandamento é imensamente grande; e a caridade é a mais larga do que o oceano. O tijolo consolida-se pelo fogo, uma vez que o espírito, cheio de humores e dissolúvel, através do fogo da tribulação se consolida, a fim de que não se derrame no amor das coisas temporais, porque, na frase de Salomão9, o que a fornalha faz ao ouro, a lima ao ferro, o mangual ao grão, isto faz a tribulação ao justo. O tijolo torna-se vermelho. Nisto se nota a audácia do zelo santo, de que fala o Profeta10: O zelo da tua casa, isto é, da Igreja ou da alma fiel, devorou-me. E Elias11: Ardo de zelo pela casa de Israel.

No tijolo, portanto, notam-se quatro coisas: A ciência de cada um dos Testamentos, para instrução do próximo; a abundância da caridade, para o amar; a paciência da tribulação, para suportar o opróbrio por amor de Cristo; a audácia do zelo, para dar cabo de todo e qualquer mal. Pega, conseguintemente, num tijolo e desenha nele a cidade de Jerusalém.

2. A Jerusalém espiritual é tripla: a primeira é a Igreja militante; a segunda, a alma fiel; a terceira, a pátria celeste12. Pegarei, portanto, em nome do Senhor, num tijolo, isto é, no coração de qualquer ouvinte, e desenharei nele a tripla cidade, isto é, os artigos (da fé) da Igreja, as virtudes da alma, os prêmios da pátria celeste, sob o número sete13, trazendo à colação sentenças de ambos os Testamentos, e expondo-as.

I – Os sete dias da criação e os sete artigos da fé

3. No princípio criou Deus o céu e a terra, etc. Entenda-se o continente e o conteúdo14. Deus Pai, no princípio, ou seja, no Filho, criou e recriou15. Criou em seis dias, descansando ao sétimo; recriou com seis artigos da fé, prometendo no sétimo o descanso eterno.

No primeiro dia disse Deus: Faça-se a luz, e a luz foi feita16. O primeiro artigo de fé é a Natividade. No segundo dia, disse Deus: Faça-se o firmamento no meio das águas e separe umas águas de outras águas17. O segundo artigo da fé é o Batismo. No terceiro dia, disse Deus: Produza a terra erva verde e que dê semente, e árvores frutíferas que produzam fruto segundo a sua espécie18. O terceiro artigo é a Paixão. No quarto dia, disse Deus: Façam-se dois grandes luzeiros no firmamento19.

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Catequese com o Papa Francisco – 12/02/2014 - Continuação sobre a Eucaristia



CATEQUESE
Praça São Pedro – Vaticano
Quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014




Queridos irmãos e irmãs, bom dia,

Na última catequese, destaquei como a Eucaristia nos introduz na comunhão real com Jesus e o seu mistério. Agora podemos nos colocar algumas perguntas sobre a relação entre a Eucaristia que celebramos e a nossa vida, como Igreja e como cristãos individualmente. Como vivemos a Eucaristia? Quando vamos à Missa aos domingos, como a vivemos? É somente um momento de festa, é uma tradição consolidada, é uma ocasião para se encontrar ou para sentir-se bem, ou é algo a mais?

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

Catequese com o Papa Francisco – 05/02/14 - Eucaristia



CATEQUESE
Praça São Pedro – Vaticano
Quarta-feira, 05 de fevereiro de 2014




Queridos irmãos e irmãs, bom dia!

Hoje falarei a vocês da Eucaristia. A Eucaristia coloca-se no coração da “iniciação cristã”, junto ao Batismo e à Confirmação, e constitui a fonte da própria vida da Igreja. Deste Sacramento de amor, de fato, nasce cada autêntico caminho de fé, de comunhão e de testemunho.


domingo, 2 de fevereiro de 2014

Catequese com o Papa Francisco – 22/01/14 - Crisma



CATEQUESE - Crisma (Confirmação)
Praça São Pedro – Vaticano
Quarta-feira, 22 de janeiro de 2014





Queridos irmão e irmãs,

Sábado passado iniciou-se a Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos, que se concluirá sábado próximo, festa da conversão de São Paulo apóstolo. Esta iniciativa espiritual, mais do que nunca preciosa, envolve as comunidades cristãs há mais de cem anos. Trata-se de um tempo dedicado à oração pela unidade de todos os batizados, segundo a vontade de Cristo: “que todos sejam um” (Jo 17, 21). Todos os anos, um grupo ecumênico de uma região do mundo, sob a condução do Conselho Ecumênico das Igrejas e do Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos, sugere um tema e prepara subsídios para a Semana de Oração. Este ano, tais subsídios são provenientes das Igrejas e comunidades eclesiais do Canadá, e fazem referência à pergunta dirigida por Paulo aos cristãos de Corinto: “Então estaria Cristo dividido?” (1 Cor 1, 13).

Certamente Cristo não está dividido. Mas devemos reconhecer sinceramente e com dor que as nossas comunidades continuam a viver divisões que são um escândalo. As divisões entre nós cristãos são um escândalo. Não há outra palavra: um escândalo. “Cada um de vós – escrevia o apóstolo – diz: “Eu sou de Paulo”, “Eu sou de Apolo”, “E eu de Cefas”, “E eu de Cristo”” (1, 12). Mesmo aqueles que professavam Cristo como seu líder não são aplaudidos por Paulo, porque usavam o nome de Cristo para separar-se dos outros dentro da comunidade cristã. Mas o nome de Cristo cria comunhão e unidade, não divisão! Ele veio para fazer comunhão entre nós, não para dividir-nos. O Batismo e a Cruz são elementos centrais do discipulado cristão que temos em comum. As divisões, em vez disso, enfraquecem a credibilidade e a eficácia do nosso compromisso de evangelização e arriscam esvaziar a Cruz do seu poder (cfr 1,17).

Catequese com o Papa Francisco – 15/01/14 - Sobre o Batismo (parte II)



CATEQUESE - Batismo (Continuação)
Praça São Pedro – Vaticano
Quarta-feira, 15 de janeiro de 2014





Queridos irmãos e irmãs, bom dia.

Quarta-feira passada iniciamos um breve ciclo de catequeses sobre os Sacramentos, começando pelo Batismo. E sobre o Batismo gostaria de concentrar-me ainda hoje, para destacar um fruto muito importante deste Sacramento: esse nos torna membros do Corpo de Cristo e do Povo de Deus. São Tomás de Aquino afirma que quem recebe o Batismo é incorporado a Cristo quase como seu próprio membro e é agregado à comunidade dos fiéis (cfr Summa Theologiae, III, q. 69, art. 5; q. 70, art. 1), isso é, ao Povo de Deus. Na escola do Concílio Vaticano II, nós dizemos hoje que o Batismo nos faz entrar no Povo de Deus, nos torna membros de um Povo em caminho, um Povo peregrino na história.