quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

CICLO DO NATAL: Conclusão: TEMPO DA EPIFANIA


CICLO DO NATAL: MISTÉRIO DA ENCARNAÇÃO

Conclusão: TEMPO DA EPIFANIA




Manifestações do Senhor      

O Tempo da Epifania celebra as manifestações do Salvador aos povos pagãos (representados nos Reis Magos) e aos representantes do povo escolhido no dia em que, ao ser batizado, foi apontado pelo Pai Celestial como seu filho muito amado, que veio salvar o mundo com o sacrifício da cruz e com a palavra das verdades celestiais: Este é o meu filho bem amado: escutai-o!
            COMENTÁRIO DOGMÁTICO. O tempo da Epifania recorda particularmente os seguintes fatos: a) a adoração dos Reis Magos, a 6 de janeiro; b) a manifestação da sabedoria e vocação de Jesus, quando de sua ida ao Templo aos doze anos; c) a prodigiosa manifestação divina por ocasião de sue batismo no Jordão.
            COMENTÁRIO ASCÉTICO. A vocação dos Reis Magos para o presépio de Jesus e a própria vocação de Cristo que diz “dever ocupar-se nas coisas do Pai celestial”, lembram-nos quão importante seja na prática da vida cristã a virtude do desapego das coisas, de pessoas e da própria vontade para seguir a lei de Deus.
            COMENTÁRIO LITÚRGICO. O Prefácio da Epifania convida-nos a meditar a grande lição deste Tempo: Cristo, aparecendo revestido de nossa natureza humana, fez brilhar aos nossos olhos a luz de sua vida imortal e eterna. Não deixemos que se apague em nós a luz de sua graça e de seus exemplos: sigamo-lo até contemplá-lo e possuí-lo na luz da bem-aventurança eterna.
                                                      

(Fonte: Missal Romano Cotidiano, Edições Paulinas, 1964, pág. 117)





VERDADES LIGADAS À FESTA DA EPIFANIA
            1 – Jesus Cristo depois de ser revelado aos hebreus quis manifestar-se também aos gentios, na pessoa dos Magos, para significar que “de dois povos formava um só” (Ef  2, 14) e que todos chamava à conversão e à fé. Por isso hoje é a nossa festa, a festa dos povos pagãos, convertidos ao cristianismo.
            2 – O mistério da Epifania prolonga-se ainda através dos séculos e seus frutos renovam-se na conversão dos infiéis, dos hereges, dos cismáticos e dos pecadores e na santificação dos justos.
            3 – O ouro dos Magos significa a realeza de Jesus Cristo e o nosso amor por ele. O incenso a sua divindade e a nossa oração (adoração); a mirra a sua humanidade e a nossa imolação (mortificação).


(Fonte: Missal Romano Cotidiano, Edições Paulinas, 1964, págs. 122 e 123)




(No antigo calendário litúrgico)

I Domingo depois da Epifania 
SAGRADA FAMÍLIA
II classe – Branco

            A devoção à Sagrada Família alcançou grande popularidade no século XVII, propagando-se celeremente não só na Europa, mas também nos países da América. A festa, instituída por Leão XIII, em 1883, foi estendia por Bento XV à Igreja Universal.
            A festa tem por finalidade dar às famílias cristãs um modelo e um exemplo a imitar e um padroeiro a quem recorrer. “Os pais de família têm em São José um modelo admirável de vigilância e solicitude paterna; as mães podem admirar na Virgem SSma. um exemplo insigne de amor, de respeito e de submissão; os filhos têm em Jesus, submisso a seus pais, um exemplo divino de obediências; os pobres aprenderão a ter mais em conta as virtudes do que as riquezas; os operários e todos os que sofrem, devido à sua condição pobre, terão motivo e ocasião de alegrar-se pela sua sorte em vez de entristecer-se, porque têm de comum com a Sagrada Família as fadigas e os cuidados da vida cotidiana” (Leão XIII).

(Fonte: Missal Romano Cotidiano, Edições Paulinas, 1964, pág. 123)




A FAMÍLIA CRISTÃ
A família, de instituição divina, é o núcleo fundamental da Igreja e do Estado, a fonte em que se renova perenemente a base da vida religiosa e civil. As colunas da vida familiar são a fidelidade e a santidade dos cônjuges, a geração da prole segundo os princípios da lei divina, a educação cristã dos filhos, a obediência e a submissão ao poder paterno.
            Os pais têm o dever de amar os filhos, de cuidar da sua vida (saúde, alimento, vestuário, patrimônio) e de prover à sua educação religiosa e civil (bom exemplo, correção, vigilância).  Os filhos devem retribuir com amor, com o respeito (estima, veneração) e com a obediência em todas as coisas lícitas e honestas.
            O quarto mandamento ordena-nos amar, respeitar e obedecer, além dos pais, também os superiores em autoridade, os quais devem corresponder, para com os súditos, com o amor, o auxílio e o interesse espiritual e material. Em particular os patrões para com os servos têm o dever de dar o devido salário, necessário para si e para a família, e de lhe dar trabalho segundo as forças de cada um; os empregados devem cumprir com consciência o trabalho confiado.


(Fonte: Missal Romano Cotidiano, Edições Paulinas, 1964, pág. 127)







O MATRIMÔNIO

O Matrimônio é o sacramento que une o homem e a mulher indissoluvelmente, como estão unidos Jesus Cristo e a Igreja, sua esposa, e dá-lhes a graça de santamente conviverem e de educarem cristãmente os filhos (graça sacramental). A essência do Matrimônio está no contrato natural, com o qual o homem e a mulher fazem (matéria) e aceitam (forma), com sinais ou palavras, a mútua oferta do próprio corpo, em ordem à procriação da prole (fim principal) e à mútua fidelidade, amor e assistência (fim secundário).
Os ministros do Matrimônio são os mesmos esposos, que o contraem e que exprimem o mútuo consentimento diante do Pároco (ou do Bispo Diocesano), ou de um sacerdote delegado e diante de duas testemunhas.
Somente a Igreja tem poder sobre o Matrimônio dos cristãos; o Estado é competente nos efeitos civis, somente. Os esposos católicos, que contraem somente Matrimônio civil, são considerados pecadores públicos.
O divórcio, isto é, a dissolução do matrimônio vivendo ainda os cônjuges, é absolutamente proibido por Deus. Por motivos graves é somente permitida a separação das pessoas e dos bens.
Na escolha do estado conjugal, que é a vocação mais comum, são necessárias a oração, a prudência, a pureza, a instrução religiosa.


(Fonte: Missal Romano Cotidiano, Edições Paulinas, 1964, pág. 136)




A VIRTUDE DA FÉ

            A fé é aquela virtude sobrenatural pela qual cremos, por autoridade divina, o que Deus revelou e nos propõe a crer, por meio da Igreja. Deve ser firme, indestrutível, sincera universal.
            A fé é necessária para nos salvarmos. Mas o conhecimento das verdades reveladas não urge do mesmo modo: a) a existência de Deus remunerador e os dois ministérios principais da fé são necessários de necessidade de meio; b) o Credo, o Pai-Nosso e a Ave Maria, o decálogo e os Sacramentos, são necessários de necessidade de preceito; c) as outras verdades, basta crer com um ato geral de fé, sem excluir nenhuma.
            Os atos de fé (oração, sinal da cruz, jaculatórias...) obrigam: a) perante Deus, no início do uso da razão, nas tentações e nas dúvidas contra alguma verdade, no cumprimento de importantes deveres cristãos e no perigo de morte; b) perante os homens confessando e defendendo a fé, sem temor respeito humano, contra quem a nega, fala mal dela e a blasfema.


(Fonte: Missal Romano Cotidiano, Edições Paulinas, 1964, pág. 141)





AS PAIXÕES E OS VÍCIOS

            As paixões são comoções ou movimentos violentos da alma, que, se não forem moderados pela razão, arrastam ao vício e, muitas vezes, também ao delito.
            O vício é o hábito de fazer o mal adquirido, repetindo-se atos maus. Os vícios principais são os sete capitais, que se chamam assim porque são cabeça e origem dos outros vícios: soberba, (estima exagerada de si), avareza (desejo excessivo das riquezas), luxúria (uso dos prazeres ilícitos da carne), ira (vingança, contra a razão), gula (avidez do comer e do beber), inveja (tristeza pelo bem e alegria pelo mal alheio), preguiça (descuido dos próprios deveres ou negligência).
            Aos vícios capitais opõem-se estas virtudes: a humildade (exata estima de si), a liberdade (generosidade na esmola), a castidade, a paciência, a sobriedade nos alimentos e nas bebidas, a fraternidade (ou benevolência), a diligência ou zelo no serviço de Deus.


(Fonte: Missal Romano Cotidiano, Edições Paulinas, 1964, pág. 145)




AS VIRTUDES EM GERAL

            A virtude é uma disposição constante da alma a fazer o bem. Podem ser naturais (ou adquiridas), que se adquirem com nossas forças, repetindo atos bons, e sobrenaturais (ou infusas) que nos são dadas diretamente por Deus. Estas últimas distinguem-se em teologias (têm a Deus por objeto): fé, esperança e caridade; e em morais (indagação do bem), cujas principais são a prudência, a justiça, a fortaleza e a temperança (honestidade no viver) e a virtude da religião (dar a Deus o culto devido).
As virtudes morais aumentam-se se repetindo atos bons, enfraquecem-se e perdem-se se diminuindo os mesmos e fazendo atos maus. Repetindo tais atos maus, degenera-se no vício e, talvez, até mesmo no delito.
A virtude que rege os nossos costumes e as nossas ações é a prudência, que dirige os atos ao devido fim sobrenatural, faz discernir os bons dos maus e fazer usar os meios bons. É necessária para a salvação.


(Fonte: Missal Romano Cotidiano, Edições Paulinas, 1964, pág. 150)

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