sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

LIÇÃO DO CATECISMO - 9

Salve Maria Imaculada! Viva a Cristo na Hóstia Sagrada!

Trataremos dos Sacramentos de Cura (Penitência e Unção dos Enfermos) e dos de Serviço eclesial (Matrimônio e Ordem). Boa leitura!


59.º LIÇÃO

O sacramento da Penitência

*O que é sacramento da penitência?
         O sacramento da penitência, ou a confissão, é o sacramento da misericórdia divina e da paz.

*Por que a penitência é chamada o sacramento da misericórdia divina e da paz?
         A penitência é chamada o sacramento da misericórdia e da paz pelas razões seguintes:
1.º) Porque, nesse sacramento, Deus perdoa com divina bondade nossos pecados.
2.º) É o sacramento da paz, porque essa paz é um divino efeito do nosso encontro com Deus, que é luz e amor.
Recordemos a parábola do Filho pródigo.

*Quando Jesus instituiu esse sacramento?
         Jesus instituiu esse sacramento no dia mais feliz da humanidade, i.é, no dia da Páscoa da Ressurreição, simbolizando assim que o sacramento do perdão seria também o da paz.
(Jo 20, 20): “A paz esteja convosco!”

*Com que palavras instituiu Jesus esse sacramento?
         Jesus instituiu esse sacramento quando disse aos apóstolos:
“Recebei o Espírito Santo! A quem perdoardes os pecados, ser-lhes-ão perdoados; a quem os retiverdes, ser-lhes-ão retidos.” (Jo 20, 22 sg.).

Necessidade de receber o sacramento da penitência

*É necessário receber o sacramento as penitência?
         O sacramento as penitência é necessário para aqueles que cometeram pecado mortal e que têm possibilidades de confessar-se.

*E para os que cometeram pecado mortal e não têm possibilidade de confessar-se, não há outros meios de alcançar o perdão?
         Sim. O ato de amor perfeito a Deus, ou a contrição perfeita, com o desejo de confessar-se, nos alcança o perdão dos nossos pecados e nos abre as portas do céu.

*É recomendável fazer com frequência o ato de constrição perfeita?
         É utilíssimo fazer com frequência o ato de contrição perfeita. É uma das práticas mais necessárias para nos garantir a salvação eterna.
Uma nota pastoral importante:
As pessoas que assistem a doentes, que não têm possibilidade de confessar-se, devem fazer com eles fervorosos atos de amor e sinceros atos de contrição perfeita. Essa caridade salvará muitos irmãos.

*A Igreja nos prescreve a confissão?
         Sim. No 2.º Mandamento da Igreja está expressa a determinação de confessar-se pelo menos uma vez por ano e em perigo de morte.

*Quais devem ser os sentimentos dos cristãos, ao recordarem a misericórdia de Jesus que nos deu o sacramento da penitência?
         Todos nós devemos ter os mais profundos sentimentos de gratidão para com nosso Redentor, por nos ter dado esse sacramento que nos abre as portas do céu. Gratidão que é o cântico feliz de milhões de pecadores perdoados.

Liturgia da confissão, ou seja, do Sacramento da Penitência

*Quais são os atos necessários para fazermos uma boa confissão?
         São os seguintes:
1.º) Um prudente exame de consciência.
2.º) Um sincero arrependimento dos pecados cometidos.
3.º) Um sincero bom propósito de não pecar.
4.º) Uma humilde acusação dos pecados.
5.º) Cumprir a penitência marcada pelo confessor.
Após a acusação dos pecados, o sacerdote dá a absolvição ou o perdão dos pecados em nome de Deus.

Exame de consciência

*Como devemos fazer o exame de consciência?
         1.º) É bom pedir a graça de conhecermos com clareza nos nossos pecados.
         2.º) Refletir com seriedade sobre os pecados que tenhamos cometido depois da última confissão bem feita.

Contrição

*Em que consiste a contrição ou arrependimento?
         A contrição ou arrependimento dos pecados é o humilde e sincero pesar de ter ofendido a Deus, nosso Pai, Senhor e Benfeitor.
         Quando dizemos “sentir dor” dos pecados, não queremos indicar um sentimento sensível de dor, mas queremos indicar um ato de vontade, nascido da fé, que nos ensina que o pecador ofende a Deus.
         Deus concede, às vezes, a graça de sentirmos também uma dor e uma tristeza profunda dos pecados. É uma graça muito grande.
         São Pedro chorou amargamente o pecado de ter negado a Jesus.

*Que reflexões podemos fazer, para termos sincero arrependimento?
         Entre outras, são ótimas as reflexões seguintes:
1.º) pelo pecado mortal, perdemos o direito ao céu e nos tornamos merecedores do inferno;
2.º) os pecados foram causadores da paixão e morte de Cristo, que quis sofrer e morrer para nos alcançar a graça do perdão.

*Que consideração é muito útil para vencermos a timidez, o desânimo e até o receio de não sermos perdoados?
         Recordemos que a misericórdia de Deus é infinita, e que Deus não olha para a gravidade do pecado, mas para nosso arrependimento.
         É consolador recordar a palavra tão divina de Jesus: “Há no céu mais alegria por um só pecador que se converte...”

*Como podemos fazer um ato de contrição?
         Um ato de contrição breve, mas muito bom, é seguinte:
“Meu bom Jesus, eu pequei – eu me arrependo – não quero mais pecar – perdoai-me”.

Propósito

*O que é o bom propósito de emenda?
         O bom propósito, ou propósito de emenda, é a firme resolução de nossa vontade de não mais pecar, ou de esforçar-se seriamente para não mais pecar e – conforme o caso – é a sincera e decidida vontade de evitar a ocasião próxima do pecado.

*O que é a ocasião próxima do pecado?
         Ocasião próxima do pecado é uma pessoa, um livro, um teatro, uma companhia, que nos leva sempre, ou quase sempre, a cair no pecado.

*É importante ter sincera dor dos pecados e firme resolução de não pecar?
         Sim. A sincera dor e a firme resolução de não mais pecar – como explicamos acima – é condição necessária para uma boa confissão.
         Essa resolução séria e sincera de não tornar a pecar, não exclui o receio de cair novamente por causa de nossa miséria.
         Por isso, o grande conselho dos santos confessores: “Levanta-te, irmão, levanta-te sempre, até a morte te encontrar de pé.”

Acusação dos pecados

*Em que consiste a confissão ou acusação dos pecados?
A confissão, ou acusação dos pecados, consiste na humildade e simples manifestações dos próprios pecados ao sacerdote.

*Por que é necessário confessar os pecados?
É necessário confessar os pecados porque Jesus deu aos apóstolos o poder de perdoar, ou de não perdoar, e somente havendo a acusação dos pecados, o sacerdote pode proceder ao devido julgamento. Além disso, a Igreja instituída pelos apóstolos, sempre ensinou essa doutrina.
(At 19, 18): “Muitos dos fiéis vinham e acusavam o que tinham praticado”.
*Que pecados devemos confessar?
Devemos confessar todos os pecados mortais, de que nos acusa a consciência, e que ainda não tenhamos confessado.
Se alguém de propósito, oculta algum pecado mortal, torna a confissão inválida.

*É necessário confessar os pecados veniais?
A confissão dos pecados veniais não é necessária, mais e muito útil.
1.    Por que aumenta a graça santificante, que é o grande tesouro divino;
2.    Concede-nos a graça sacramental específica da confissão, que consiste em nos alcançar forças espirituais para vencer nossas más inclinações, fonte de tantos pecados.
3.    Por que contribui para nosso progresso espiritual, proporcionando-nos um conhecimento mais perfeito de nossos defeitos e sempre nos animando a corrigi-los, pelos bons propósitos que fazemos e pelos bons conselhos que recebemos.
*Como nos animar a fazer sempre uma boa confissão, vencendo falsos receios e vergonha?
1.    Devemos sempre recordar que somos pobres pecadores. De nossos pecados, devemos ter não medo ou vergonha, mas, sim, sincero arrependimento.
2.    Assim fizeram os grandes convertidos, como Santo Agostinho, cuja humilde autobiografia – “Confissões” – vem sendo lida, há tantos séculos.
3.    No céu a um número imenso de grandes santos que foram em vida grandes pecadores. Seus pecados perdoados formam um hino de amor e gratidão à infinita misericórdia de Deus.
*Quais são as grandes graças que nos alcança o sacramento da penitência?
Alcança-nos as graças seguintes:
1.    Perdoa nossos pecados mortais, restitui a graça santificante e, assim, nos faz novamente filhos de Deus e herdeiros do paraíso.
2.    Quando o penitente tiver somente pecados veniais, perdoa esses pecados e aumenta a graça santificante.
3.    Alem disso, confere a graça sacramental, que é uma graça especial para termos forças de nos emendar e de vencer nossas más inclinações.
*Que outras graças nos alcança o sacramento da confissão?
1.    Restitui a paz e realiza isso, às vezes, de forma sensível e extraordinária, como vemos em tantos pecadores convertidos.
2.    Ele nos reintegra no Corpo Místico de forma viva e atuante.
 Satisfação

*Em que consiste a satisfação, ou a assim chamada “penitência imposta” pelo confessor?
A satisfação, ou penitência imposta pelo confessor consiste em rezar algumas orações ou fazer alguma boa obra, segundo a determinação do confessor.

*Qual é o método dessa penitência marcada pelo confessor?
Essa penitência tem o fim de oferecer a Deus uma reparação mais perfeita por nossos pecados.
Alem dessa penitência, marcada pelo confessor, seria muito útil oferecer outras orações e boas obras, como esmolas, para a mais perfeita expiação dos nossos pecados.

*Qual é a obra de penitência mais importante e mais santificadora que podemos oferecer a Deus?
É, sem dúvida, sofrer com paciência os sofrimentos e dores desta vida e aceitar com resignação e conformidade as cruzes que Deus nos envia.
Recordemos que nossa conformidade com a vontade de Deus nos leva com segurança à santidade.
(Mt 4,17): Jesus começa a pregar e a dizer: “Fazei penitência, porque está próximo o reino de Deus”.
Há, além disso, outro meio para alcançarmos perdão dos pecados e dos castigos merecidos: é perdoar aos que nos ofendem e injuriam.
Jesus mesmo ensinou esse meio: “Perdoai-nos as nossas ofensas, assim como nos perdoamos...”.


60.ª LIÇÃO

Questões atuais referentes ao sacramento da Penitência

*A prática da confissão comunitária será doutrina nova na Igreja?
         A prática da confissão comunitária legítima, i.é, feita em casos de verdadeira e urgente necessidade, é prática muito antiga e sempre esteve em uso. Por exemplo, das a absolvição coletiva a um corpo de exército, que segue para a batalha.
         Um comovente exemplo aconteceu no naufrágio do Titanic: dois sacerdotes, cercados de centenas de passageiros, animando-os e dando-lhes a absolvição...

*A comunidade pode atuar como ministro do sacramento da penitência?
         De forma alguma. Os ministros do sacramento da penitência são os sacerdotes.
         Em caso de necessidade, por exemplo, atendendo a um doente, deve-se orientar e animar o doente a que se faça um ato de contrição perfeita.
         Qualquer pessoa pode e deve fazer isso: é o apostolado da contrição perfeita.
         Será sempre um importante apostolado rezar pela conversão dos pecadores e, segundo as possibilidades, animá-los e instruí-los a que se confessem, ou rezem o ato de contrição.

*Que dizer dos Ritos Penitenciais, como preparação comunitária para a confissão individual?
         São utilíssimos.

*É também permitido o modo seguinte:
         Preparação comunitária – confissão individual e absolvição comunitária e uma penitência.

61.ª LIÇÃO

O sacramento da Unção dos Enfermos

*O que nos diz São Tiago sobre a Unção dos Enfermos?
(Tg 5, 14-15): “Está alguém enfermo entre vós? Mande chamar os presbíteros da Igreja e rezem sobre ele ungindo-o com óleo em nome do Senhor; e a oração da fé salvará o enfermo e o Senhor o aliviará e os pecados, que tiver cometido, lhes serão perdoados”.

*O que é, portanto, o sacramento da Unção dos Enfermos?
         A unção dos enfermos é o sacramento instituído por Nosso Senhor para o bem espiritual e temporal dos enfermos.
 Devemos ter profunda gratidão a Jesus que, em sua bondade, quer estar conosco na doença, nos sofrimentos e na hora da morte.

*Quais são as grandes graças que nos confere a unção sacramental dos enfermos?
         Esse sacramento:
1.º) aumenta em nós a graça santificante;
2.º) nos fortalece e anima na doença e nas dores;
3.º) nos perdoa os pecados e as penas devidas aos pecados;
4.º) às vezes realiza a cura extraordinária do paciente, como mostra a experiência;
5.º) sempre anima e conforta o doente na hora da agonia.

*Quando se pode receber a unção dos enfermos?
1.º) Quando a pessoa estiver seriamente doente;
2.º) Quando for muito idosa;
3.º) Quando tiver sofrido um acidente sério. Nesses casos, ou em casos semelhantes, pode-se e deve-se receber esse sacramento.
4.º) Não se deve esperar que o doente esteja em perigo imediato de morte.

*Que orientações e instruções práticas devem ser dadas, com insistência, aos fiéis, sobre esse importante sacramento?
1.º) Receber a unção dos enfermos é receber o sacramento especial que Cristo em sua bondade e sabedoria instituiu para o bem temporal e espiritual dos enfermos.

2.º) Receber o sacerdote não é para o doente receber um mensageiro da morte, mas é receber o representante de Cristo Salvador.

3.º) Chamar o sacerdote para atender a um doente é prestar-lhe uma imensa caridade.

*Como devemos dispor nossos irmãos doentes para receber a santa unção?
1.º) Devemos anima-los a receber esse sacramento com fé e confiança em Jesus que o vem visitar na pessoa do sacerdote.
2.º) Animá-lo à conformidade com a vontade de Deus. Essa conformidade à vontade de Deus é um ato de amor que perdoa os pecados e o salvará.

*Quais são as palavras sagradas da administração desse sacramento?
         O sacerdote unge o enfermo na fronte e nas mãos e diz:
“Por esta santa unção e pela sua piíssima misericórdia, o Senhor venha em teu auxílio com a graça do Espírito Santo, para que liberto dos teus pecados, ele te salve e na sua bondade, alivie os teus sofrimentos!” Amém.
         Verdadeiramente sublimes, essas palavras sacramentais são, ao mesmo tempo, confortadoras.


62.ª LIÇÃO

O sacramento da Ordem

*O que é o sacramento da ordem, ou a ordenação sacerdotal?
         A ordem, ou a ordenação sacerdotal, é o sacramento que confere o poder divino de exercer os ministérios sagrados e que imprime caráter sagrado de ministro de Deus.

*Quais são os ministérios sagrados conferidos aos sacerdotes pela ordenação sacerdotal?
         Os sacerdotes legitimamente ordenados recebem os seguintes poderes sagrados:
1.     O divino poder de celebrar o santo sacrifício da missa;
2.     O poder divino de perdoar os pecados;
3.     O poder divino de administrar os outros sacramentos;
4.     Além disso, o sacerdote recebe o direito e a sagrada incumbência de pregar oficialmente a palavra divina ao povo de Deus e de governar como pastor das almas.

*De onde provêm esses poderes divinos de exercer esses ministérios sagrados?
         Esses poderes divinos, como atesta a Sagrada Escritura, foram conferidos por Jesus Cristo aos apóstolos, para que os transmitissem a seus sucessores, i.é, aos bispos e aos sacerdotes.
Quanto à missa: “Fazei isto em memória de Mim” (Lc 22, 19).
Quanto ao poder de perdoar os pecados: (Jo 20, 22-23).
(Jo 20, 21): “Como o Pai me enviou assim também eu vos envio”.
Poder de pregar e batizar (Mt 28, 19-20).

Um capítulo especial para as famílias e fiéis
Breve apêndice sobre a Ordem e a Vocação Sacerdotal

*Em que consiste a vocação sacerdotal?
         A vocação sacerdotal ou a vocação para o sacerdócio consiste em um misterioso chamamento divino para cooperar com o Cristo na obra divina da redenção.

*Como se manifesta essa vocação?
         Manifesta-se:
1.     Em uma vontade firme de seguir o Cristo Redentor;
2.     Em aspirar ao sacerdócio por um sagrado idealismo;
3.     Em orientar-se sempre por uma nobre e reta intenção.

*Em que consiste essa nobre e reta intenção?
         Essa nobre e reta intenção, esse sagrado idealismo, que por parte do vocacionado é decisivo, consiste em entrar para o estado eclesiástico:
1.     para a glória de Deus;
2.     e com o mais sincero intento primordial de colaborar com o Cristo na obra divina da salvação dos nossos irmãos.

*E a Igreja e os sacerdotes não se interessam pelo bem temporal e social dos homens?
        Sim, e muitíssimo. Como? Pregando, vivendo e fazendo viver o Evangelho. Pois a única e verdadeiramente eficiente forma de melhorar a situação temporal e social dos nossos irmãos reside no Evangelho, nas normas dadas por Cristo.

*Quais são essas divinas normas?
         São:
1.     O exemplo de Cristo;
2.     Suas palavras e leis que se compendiam nas oito bem-aventuranças e se resumem nas palavras que serão as últimas palavras da história da humanidade: “Tudo o que tiverdes feito a meus irmãos, a Mim o fizestes”. Se essas verdades não melhorarem o mundo, todos os outros recursos em si úteis e bem intencionados, não conseguirão nem melhorar, nem vencer os ódios, as ambições, nem os egoísmos de riquezas e de mando que tanto convulsionam e infelicitam a pobre humanidade.

*O que devemos dizer sobre as vocações de Irmãos e Freiras?
         1.º) A  vocação ao estado religioso de Irmãos e Freiras é uma vocação sobrenatural e extraordinária que Deus oferece às pessoas para a própria santificação e para um apostolado santificador junto aos irmãos.
         2.º) Essa vocação sobrenatural e extraordinária exige grandes sacrifícios e renúncias e, por isso, deve ser cultivada e vivida com meios sobrenaturais, especialmente com muita oração e amor sincero ao Cristo Crucificado e à divina Eucaristia.

*Quais são os deveres dos fiéis para com os vocacionados, aqueles que se sentem chamados ao sacerdócio e à vida religiosa?
         1. Os pais devem dar aos filhos liberdade para seguir a vocação sacerdotal e religiosa.
         2. Os fiéis devem rezar, com preces fervorosas, para que Deus nos mande santos sacerdotes e religiosos.
         3. Os pais, educadores e formadores, saibam que a missa bem compreendida e bem vivida é a mais divina e mais animadora motivação da vocação sacerdotal e religiosas; é a mais necessária e decisiva força para os jovens serem fiéis à sua vocação de seguirem o Cristo até o Calvário redentor.


63.ª LIÇÃO

O sacramento do Matrimônio

* O que é o sacramento do matrimônio?
         O matrimônio é um sacramento que santifica com graças especiais o amor e a união do homem e da mulher, para serem dignos e felizes esposos e pais.

*Quem instituiu o sacramento do matrimônio?
         Deus mesmo instituiu o matrimônio no paraíso e Jesus, o redentor, elevou o matrimônio à dignidade sagrada de sacramento.
(Ef 5, 32): “Este sacramento é grande – e eu o digo – em Cristo e na Igreja”.

*Quais são as graças necessárias que confere o sacramento do matrimônio?
         O sacramento do matrimônio confere as graças seguintes:

1. aumenta a graça santificante;
2. confere aos esposos graças sacramentais especiais para cumprirem bem os deveres sagrados (às vezes tão pesados!) de seu estado de esposos, de pais e de educadores;
3. eleva e conforta espiritualmente os esposos, recordando-lhes que como pais são cooperadores de Deus criador e como educadores são corredentores de seus filhos, educando-os na lei de Cristo e da Igreja.

*Quais são os deveres sagrados – às vezes tão pesados – dos esposos?
         Os esposos devem:
1. guardar perfeita, inviolável e sagrada fidelidade conjugal, como prometeram ao pé do altar;
2. amar-se com amor dedicado e sincero “na alegria e na tristeza, na saúde e na doença”, todos os dias da vida;
3. empenhar-se com todo desvelo para dar ou proporcionar aos filhos uma sólida e profunda formação cristã.

*Como podem os pais realizar esse dever sagrado – e mais importante de todos – da educação e formação dos filhos?
         As dificuldades atuais são muito grandes e complexas...
         Por isso, torna-se necessário firmar a formação religiosa com o exemplo de uma sincera vivência religiosa, pela oração em família e pela fidelidade às práticas religiosas.
Questões atuais referentes ao Matrimônio

*O que dizer do divórcio?
         O matrimônio cristão, que é um sacramento, é indissolúvel. Só pode ser dissolvido pela morte de um dos conjugues.
(Lc 16, 18): “Todo aquele que repudiar sua mulher e se casar com outra, comete um adultério”.

*O que dizer da assim chamada legalização do divórcio?
         Como católicos, devemos dizer: “Nenhuma autoridade humana, civil, pode anular um casamento cristão porque é um sacramento divino”.
(Mt 19, 6): “O homem (autoridade humana!) não separe o que Deus uniu”. – diz o Cristo, divino e supremo legislador.

* O que dizer do desquite?
         Se, por razões muito graves, se realizar um desquite como único remédio para uma situação dolorosa, os esposos desquitados se lembrem que continuam casados e que, portanto, não podem realizar novo casamento válido.

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