domingo, 27 de novembro de 2011

TEMPO DO ADVENTO




Toda a liturgia é um apelo à vinda do Salvador. A Igreja retoma as ardentes súplicas ao Messias, que haviam ressoado através do Antigo Testamento, e convida-nos a repeti-las com ela, com fervor que se vai intensificando à medida que se aproxima o Natal.

O Advento, que inicialmente contava cinco domingos na liturgia romana, conta, agora, apenas quatro: isto é, três semanas completas, que se contam a partir do domingo mais próximo da festa de Santo André (30 de Novembro) e os dias que vão do quarto domingo a 24 de Dezembro.

Na Idade Média, o tempo do Advento, preparação do Natal, tomou um carácter de penitência, à imitação da Quaresma, preparação para a Páscoa. Este espírito de penitência manifesta-se nalguns textos e em certos usos: paramentos roxos, ausência de flores nos altares, silêncio do órgão, supressão do Glória. Mas o canto do Aleluia, que se manteve sempre aos Domingos, indica bem que o Advento quer permanecer um tempo de alegria. Era-o exclusivamente nos seus primórdios; voltou a sê-lo desde a notável redução do jejum.
Esta alegria da salvação iminente vai-se intensificando, à medida que nos aproximamos do Natal. No terceiro domingo, o altar ornado em flores, os paramentos cor de rosa e as melodias do órgão sublinham bem o júbilo crescente. Refulge nas Antífonas Maiores, cantada ao som dos sinos, nos últimos oito dias que precedem a grande festa do nascimento do Salvador. E a vigília do Natal é já ela uma exultação.

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