domingo, 27 de novembro de 2011

“Vinde adoremos o Rei, o Senhor que está para chegar!”

Caríssimos e amados fiéis, em Nosso Senhor Jesus Cristo!
Com a graça de Deus, estamos iniciando as nossas homilias dominicais. O Ano Litúrgico inicia-se com o Advento. É um tempo de oração e de penitência, instituído pela Igreja para preparar seus filhos para celebrarem dignamente e com fruto o mistério do Nascimento de Jesus Cristo. O que a Quaresma é para a Páscoa, o que foram os quatro mil anos do Antigo Testamento para a vinda do Messias são para a festa do Natal as quatro semanas do Advento.
Advento quer dizer vinda. Três vindas do Filho de Deus preocupam a Igreja neste santo tempo, e devem ser o assunto das nossas meditações. “Na primeira, diz São Bernardo, Jesus veio na nossa carne, e revestiu-se das nossas enfermidades; na segunda vem a nós por sua graça, em espírito e virtude; na terceira, virá com todo poder e majestade para nos julgar”. Vinda de amor a Belém, vinda de graça às nossas almas, vinda de justiça no fim dos séculos. Na verdade, caríssimos e amados fiéis, estas três vindas de Nosso Senhor, constituem uma síntese de todo o Cristianismo. São um convite a uma espera vigilante e confiada: “Olhai e levantai as vossas cabeças, porque está próxima a vossa redenção”. A primeira vinda foi humilde e oculta, a segunda é misteriosa e cheia de amor, a terceira será manifesta, terrível para os pecadores e gloriosa para os justos.
Hoje, o padre reza no Breviário: “Vinde adoremos o Rei, o Senhor que está para chegar!…
Esta primeira vinda foi esperada durante séculos e séculos, anunciada pelos profetas, desejada pelos justos que não puderam contemplar a sua aurora. Em cada novo Advento, a Igreja comemora e renova esta espera, manifestando as suas ânsias pelo Salvador que há de vir. O antigo anelo que unicamente se fundava na esperança, transformou-se em desejo confiante, que se apoia na consoladora realidade da redenção já efetuada. Cumprida esta historicamente há vinte séculos, deve atualizar-se e renovar-se todos os dias, na alma cristã, como uma realidade cada vez mais profunda e completa. A Santa Madre Igreja quer através do tempo do Advento, preparar-nos para a celebração do mistério do Verbo feito carne, mediante a esperança íntima e pessoal duma nova vinda de Nosso Senhor Jesus Cristo a cada uma das nossas almas. Esta vinda de Jesus é a Sua vida em nós pela graça santificante, que deve ser cada vez mais abundande em nossa alma. Oh! pudéssemos dizer com São Paulo: “Vivo, mas não sou eu que vivo, é Jesus que vive em mim”… “A minha vida é Jesus”. Por isto na Epístola desta Santa Missa do primeiro domingo do Advento, São Paulo nos exorta: “É já hora de nos levantarmos do sono”. No Advento, devemos despertar para dar novos frutos de santidade: “Deixemos, diz São Paulo, as obras das trevas e revistamo-nos das armas da luz… Revesti-vos do Senhor Jesus Cristo”. É tempo de sairmos da tibieza; é tempo de nos despojarmos generosamente das nossas misérias e fraquezas, a fim de nos revestirmos de Jesus Cristo, ou seja, da Sua santidade. A primeira vinda de Jesus estimula-nos pelo seu amor: “Apareceu a benignidade e a bondade de Deus Nosso Senhor”. A lembrança da Sua vinda no fim do mundo, como é narrada no Santo Evangelho de hoje, é também para nos dar forças. O temor é o início da sabedoria, diz a Bíblia Sagrada.
Com a Vossa graça, ó Jesus, quero fazer todos os sacrifícios, quero renunciar a tudo aquilo que possa retardar em mim a vossa obra redentora. Excitai, Senhor, o Vosso poder e vinde!
Ó Senhor, concedei-me um amor ardente a Vós, não só para me livrar um dia do Vosso rosto severo de Juiz, mas também e sobretudo para corresponder de algum modo à Vossa caridade infinita!
Caríssimos e amados fiéis, sempre gosto de contar nas minhas homilias e sermões, algum exemplo.
São Filipe Benício, religioso da Ordem dos Servos de Maria Virgem, estava morrendo.
Além da doença, além da dor, havia dias em que o atormentava uma terrível visão. Parecia-lhe já se achar perante o tribunal de Deus, e em torno dele surgiam os demônios a exprobrar-lhe os pecados da sua vida passada, mesmo os mais remotos, mesmo os mais pequenos… Ante esta vista, ante essas palavras, o agonizante abria os olhos horrorizado, tremia, e não tinha mais esperança. “Dai-me o meu livro” gritava ele com voz apavorada.
Dos presentes, alguns correram a tomar um livro, outros outro: mas ele os recusava todos, sem achar repouso. Finalmente, um percebeu que os olhos do moribundo se haviam fixado num Crucifixo ali ao lado; tomou-o e colocou-lho entre as mãos gélidas e suadas.
Mal o teve, como um sedento ele o pôs sobre a boca para o beijar ansiosamente: beijou o lenho da cruz, beijou as chagas d’Aquele que a ela estava suspenso. Seus olhos iluminaram-se como ao surgir de uma aurora interior; a sua fronte expandiu-se numa doce serenidade, os seus lábios distenderam-se num dulcíssimo sorriso. E assim lá se foi ele ao encontro do juízo de Deus.
Amara a cruz, amara o Crucifixo com todas as suas forças. Que haveria de temer?
Ó Jesus, dai aos justos um acréscimo de vida interior; dai aos tíbios, a graça de se despertarem deste perigoso sono; dai aos pecadores, a graça de uma verdadeira conversão. Amém!

TEMPO DO ADVENTO




Toda a liturgia é um apelo à vinda do Salvador. A Igreja retoma as ardentes súplicas ao Messias, que haviam ressoado através do Antigo Testamento, e convida-nos a repeti-las com ela, com fervor que se vai intensificando à medida que se aproxima o Natal.

O Advento, que inicialmente contava cinco domingos na liturgia romana, conta, agora, apenas quatro: isto é, três semanas completas, que se contam a partir do domingo mais próximo da festa de Santo André (30 de Novembro) e os dias que vão do quarto domingo a 24 de Dezembro.

Na Idade Média, o tempo do Advento, preparação do Natal, tomou um carácter de penitência, à imitação da Quaresma, preparação para a Páscoa. Este espírito de penitência manifesta-se nalguns textos e em certos usos: paramentos roxos, ausência de flores nos altares, silêncio do órgão, supressão do Glória. Mas o canto do Aleluia, que se manteve sempre aos Domingos, indica bem que o Advento quer permanecer um tempo de alegria. Era-o exclusivamente nos seus primórdios; voltou a sê-lo desde a notável redução do jejum.
Esta alegria da salvação iminente vai-se intensificando, à medida que nos aproximamos do Natal. No terceiro domingo, o altar ornado em flores, os paramentos cor de rosa e as melodias do órgão sublinham bem o júbilo crescente. Refulge nas Antífonas Maiores, cantada ao som dos sinos, nos últimos oito dias que precedem a grande festa do nascimento do Salvador. E a vigília do Natal é já ela uma exultação.

Advento: significado e origem

Todos os grandes eventos exigem uma preparação. Por isso, a Igreja instituiu, na Liturgia, um período que antecede o Natal: o Advento. Mas, ao longo da história da Igreja, tomou diversas formas.
Pe. Mauro Sérgio da Silva Izabel, EP
CristopantocratorpinacotecavaticanajuizofinalReceber uma visita é uma arte que uma dona de casa exercita com freqüência. E quando o visitante é ilustre, os preparativos são mais exigentes. Imagine o leitor que numa Missa de domingo seu pároco anunciasse a visita pastoral do bispo diocesano, acrescida de uma particularidade: um dos paroquianos seria escolhido à sorte para receber o prelado em sua casa, para almoçar, após a Missa.
Certamente, durante alguns dias, tudo no lar da família eleita se voltaria para a preparação de tão honrosa visita. A seleção do menu, para o almoço, o que melhorar na decoração do lar, que roupas usar nessa ocasião única. Na véspera, uma arrumação geral na casa seria de praxe, de modo a ficar tudo eximiamente ordenado, na expectativa do grande dia.
Essa preparação que normalmente se faz, na vida social, para receber um visitante de importância, também é conveniente fazer-se no campo sobrenatural. É o que ocorre, no ciclo litúrgico, em relação às grandes festividades, como por exemplo o Natal. A Santa Igreja, em sua sabedoria multissecular, instituiu um período de preparação, com a finalidade de compenetrar todas as almas cristãs da importância desse acontecimento e proporcionar-lhes os meios de se purificarem para celebrar essa solenidade dignamente.
Esse período é chamado de Advento.
Significado do termo
Advento — adventus, em latim — significa vinda, chegada. É uma palavra de origem profana que designava a vinda anual da divindade pagã, ao templo, para visitar seus adoradores. Acreditava-se que o deus cuja estátua era ali cultuada permanecia em meio a eles durante a solenidade. Na linguagem corrente, significava também a primeira visita oficial de um personagem importante, ao assumir um alto cargo. Assim, umas moedas de Corinto perpetuam a lembrança do adventus augusti, e um cronista da época qualifica de adventus divi o dia da chegada do Imperador Constantino. Nas obras cristãs dos primeiros tempos da Igreja, especialmente na Vulgata, adventus se transformou no termo clássico para designar a vinda de Cristo à terra, ou seja, a Encarnação, inaugurando a era messiânica e, depois, sua vinda gloriosa no fim dos tempos.
Surgimento do Advento cristão
Os primeiros traços da existência de um período de preparação para o Natal aparecem no século V, quando São Perpétuo, Bispo de Tours, estabeleceu um jejum de três dias, antes do nascimento do Senhor. É também do final desse século a “Quaresma de São Martinho”, que consistia num jejum de 40 dias, começando no dia seguinte à festa de São Martinho.
São Gregório Magno (590-604) foi o primeiro papa a redigir um ofício para o Advento, e o Sacramentário Gregoriano é o mais antigo em prover missas próprias para os domingos desse tempo litúrgico.
No século IX, a duração do Advento reduziu-se a quatro semanas, como se lê numa carta do Papa São Nicolau I (858-867) aos búlgaros. E no século XII o jejum havia sido já substituído por uma simples abstinência.
Apesar do caráter penitencial do jejum ou abstinência, a intenção dos papas, na alta Idade Média, era produzir nos fiéis uma grande expectativa pela vinda do Salvador, orientando-os para o seu retorno glorioso no fim dos tempos. Daí o fato de tantos mosaicos representarem vazio o trono do Cristo Pantocrator. O velho vocábulo pagão adventus se entende também no sentido bíblico e escatológico de “parusia”.
O Advento nas Igrejas do Oriente
01AdventusaugustiimperadoradrianoromaNos diversos ritos orientais, o ciclo de preparação para o grande dia do nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo formou-se com uma característica acentuadamente ascética, sem abranger toda a amplitude de espera messiânica que caracteriza o Advento na liturgia romana.
Na liturgia bizantina destaca-se, no domingo anterior ao Natal, a comemoração de todos os patriarcas, desde Adão até José, esposo da Santíssima Virgem Maria. No rito siríaco, as semanas que precedem o Natal chamam-se “semanas das anunciações”. Elas evocam o anúncio feito a Zacarias, a Anunciação do Anjo a Maria, seguida da Visitação, o nascimento de João Batista e o anúncio a José.
O Advento na Igreja Latina
É na liturgia romana que o Advento toma o seu sentido mais amplo.
Muito diferente do menino pobre e indefeso da gruta de Belém, nos aparece Cristo, no primeiro domingo, cheio de glória e esplendor, poder e majestade, rodeado de seus Anjos, para julgar os vivos e os mortos e proclamar o seu Reino eterno, após os acontecimentos que antecederão esse triunfo: “Haverá sinais no Sol, na Lua e nas estrelas; e, na Terra, angústia entre as nações aterradas com o bramido e a agitação do mar” (Lc 21, 25).
“Vigiai, pois, em todo o tempo e orai, a fim de que vos torneis dignos de escapar a todos estes males que hão de acontecer, e de vos apresentar de pé diante do Filho do Homem” (Lc 21, 36). É a recomendação do Salvador.
Como ficar de pé diante do Filho do Homem? A nós cabe corar de vergonha, como diz a Escritura. A Igreja assim nos convida à penitência e à conversão e nos coloca, no segundo domingo, diante da grandiosa figura de São João Batista, cuja mensagem ajuda a ressaltar o caráter penitencial do Advento.
Com a alegria de quem se sente perdoado, o terceiro domingo se inicia com a seguinte proclamação: “Alegrai-vos sempre no Senhor. De novo eu vos digo: alegrai-vos! O Senhor está perto”. É o domingo Gaudete. Estando já próxima a chegada do Homem-Deus, a Igreja pede que “a bondade do Senhor seja conhecida de todos os homens”. Os paramentos são cor-de-rosa.
No quarto domingo, Maria, a estrela da manhã, anuncia a chegada do verdadeiro Sol de Justiça, para iluminar todos os homens. Quem, melhor do que Ela, para nos conduzir a Jesus? A Santíssima Virgem, nossa doce advogada, reconcilia os pecadores com Deus, ameniza nossas dores e santifica nossas alegrias. É Maria a mais sublime preparação para o Natal.
Com esse tempo de preparação, quer a Igreja ensinar-nos que a vida neste vale de lágrimas é um imenso advento e, se vivermos bem, isto é, de acordo com a Lei de Deus, Jesus Cristo será nossa recompensa e nos reservará no Céu um belo lugar, como está escrito: “Coisas que os olhos não viram, nem os ouvidos ouviram, nem o coração humano imaginou, tais são os bens que Deus tem preparado para aqueles que O amam” (1Cor 2, 9).

LIÇÕES DO CATECISMO - 5

Salve Maria Santíssima! Preparemo-nos para a comemoração do Santo Natal do Senhor Jesus Cristo, por meio de uma boa participação no Tempo do Advento, que hoje se inicia. Boa Leitura!


22ª. LIÇÃO
            
ORGANIZAÇÃO DIVINA DA IGREJA

*Não é Jesus, o Chefe – o Pastor supremo da Igreja?
         Sim, Jesus Cristo é o Chefe, o Pastor supremo invisível da Igreja. Mas o Papa é representante de Jesus e chefe visível da Igreja.

*Como sabemos que Jesus fez S. Pedro chefe e pastor supremo visível da Igreja?
         Sabemos essa verdade pelas palavras claras e solenes de Jesus.
(Mt 16, 18): “Tu és Pedro (rochedo) e sobre essa pedra edificarei a minha Igreja e os poderes infernais nunca a vencerão”. “Eu te darei as chaves do reino dos céus”.
(Jo 21, 16 sg.): “Apascenta os meus cordeiros, apascenta as minhas ovelhas”.

*A quem constituiu também Jesus Cristo pastores da Igreja?
         Jesus constituiu também pastores da sua Igreja aos apóstolos.

*Como constituiu os apóstolos também pastores da Igreja?
         1º) Instruindo-os durante o tempo de sua pregação.
         2º) Com as palavras: “Ide e ensinai todos os povos, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo e ensinai-os a observar todas as coisas que vos tenho mandado”. (Mt 28, 19 sg.).

*Quem são os sucessores dos apóstolos?
         Os sucessores dos apóstolos são os bispos, que governam suas dioceses sob a autoridade do Papa. (At 20, 20).


23ª. LIÇÃO

A GRANDE FAMÍLIA DOS FILHOS DE DEUS

*Quem forma a grande Família dos Filhos de Deus?
A grande Família dos Filhos de Deus é formada:
1º. Pelos santos do céu;
2º. Pelas almas do Purgatório;
3º. Pelos cristãos na terra.

*Qual é o laço sagrado que une os membros dessa família?
         É graça divina que nos une a Cristo formando, assim, o Corpo Místico de Cristo.
(Rm 12, 5): “Ainda que muitos, somos um só corpo em Cristo”.

*Como se chama esse mistério da Grande Família dos Filhos de Deus?
         Chama-se “Comunhão dos Santos”. E é essa maravilhosa união dos santos entre si pela participação dos bens espirituais. “Creio na comunhão dos santos”, reza o povo de Deus.

*Quais são, portanto, os bens que nos advêm da Comunhão dos Santos?
          Essa Comunhão dos santos nos traz grandes bens espirituais:
1º) Honramos e invocamos os santos e eles intercedem por nós;
2º) Os fiéis na terra se ajudam muito pelas orações, exemplos e boas obras;
3º) Podemos socorrer as benditas almas do purgatório, que nos alcançam bênçãos e graças.
(2 Mac 12, 46): “É um pensamento santo e salutar rezar pelos falecidos a fim de que sejam livres de seus pecados”.

*Quando comemoramos esse mistério da Comunhão dos Santos?
         Vivemos esse mistério todos os dias por nossas orações, principalmente no Santo Sacrifício da Missa. Celebramos esse mistério liturgicamente na Festa de todos os Santos, no dia 1 de novembro, e no Dia de Finados, a 2 de novembro.


24ª. LIÇÃO

A IGREJA, MESTRA DA VERDADE

*Porque Jesus Cristo nos deu a Igreja?
         Jesus, em sua bondade e sabedoria divinas, deu a Igreja aos homens:
1º) para ensinar-lhes sua doutrina divina;
2º) para comunicar-lhes as graças sobrenaturais pelos sacramentos;
3º) para, assim, guiá-los para o céu, enquanto ainda caminham neste mundo.

*Poderá a Igreja errar quando nos transmite as doutrinas evangélicas?
         Não. A Igreja não pode errar porque é infalível quando ensina as verdades de fé e de moral.

*Como sabemos que a Igreja é infalível?
         Sabemos que a Igreja é infalível porque Jesus Cristo o prometeu solenemente. Declaro que o Espírito Santo – O Espírito da verdade – sempre fica com ela.
(Jo 14, 16 sg.): “Eu rogarei ao Pai e Ele vos dará outro Consolador para que o Espírito da Verdade permaneça eternamente convosco”.
(1 Tm 3, 15): “A Igreja de Deus vivo é a coluna e fundamento da verdade”.

*O Papa – o sumo Pontífice – é também infalível?
         Sim, o Papa, por uma assistência especial do Espírito Santo, é infalível quando define solenemente uma verdade de fé e moral, porque ele é o Supremo Pastor da Igreja, Mestra da Verdade.
(Mt 28, 20): “Eis que estou convosco todos os dias até o fim dos tempos”.


25ª. LIÇÃO

A MORTE E A RESSURREIÇÃO DOS HOMENS

*Quando termina nossa vida terrestre?
         Nossa vida terrestre termina com a morte, que é a separação do corpo e da alma.
         (Rm 5, 12): “Assim também passou a morte a todos os homens”.

*Que conhecemos sobre o mistério da morte?
         Sabemos que um dia morreremos, mas não sabemos nem o dia nem a hora. (Mt 25,13) :  ‘’Vigiai e orai, pois não conheceis nem o dia nem a hora’’.

*A separação do corpo e da alma será para sempre?
         Não. No fim do mundo Deus ressuscitará os corpos dos mortos.

*Por que Deus estabelece a ressurreição dos corpos?
         Haverá ressurreição dos corpos para que os corpos participem, ou não participem, para sempre da presença e do amor de Deus.


26ª. LIÇÃO

JUÍZO FINAL: A ÚLTIMA PÁGINA DA HISTÓRIA DA HUMANIDADE

*Quando será o fim do mundo?
         Só Deus conhece o tempo do fim do mundo. Cristo, em sua divina sabedoria, falou do fim do mundo, mas não revelou o dia nem a hora. (Mt 25, 13): “Vigiai, pois não conheceis nem o dia nem a hora”.
*Que acontecerá no fim do mundo, ou seja, no último dia?
         Um dia, este mundo acabará e será completamente transformado. E, no fim do mundo, Jesus voltará para julgar todos os homens, os vivos e os mortos. Será o Juízo Final.
Jo 5, 28sg.: ‘’ Chega a hora em que todos os que estiverem nos sepulcros ouvirão a voz do Filho de Deus’’.
Jesus mesmo nos fala do Juízo Final da forma mais comovente, no Evangelho de S. Mateus, no capítulo 25.

*Como anuncia Jesus a sentença final?
         Jesus dirá aos maus: ‘’Afastai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno!’’ (Mt 25,41)
E dirá aos bons: ‘’Vinde, benditos de meu Pai...’’ (Mt 25,34). Naquele dia, todos reconheceram também a infinita sabedoria, justiça e bondade de Deus.


27ª. LIÇÃO

JUÍZO PARTICULAR

*Qual o destino da alma, logo depois da morte?
         Logo depois da morte, a alma deve comparecer perante o tribunal de Deus, nosso Criador e nosso Juiz divino. (Heb 9,27): ‘’Foi determinado que os homens morram uma só vez e depois sejam julgados’’.

*Como se chama esse juízo de cada alma?
         Chama-se Juízo particular.

*O que fará a alma nesse Juízo particular?
         Nesse Juízo, a alma deverá prestar contas das boas ou más ações praticadas em sua vida terrena.

*Para onde irá a alma depois do Juízo particular?
         A alma irá ou para o céu, ou para o inferno, ou para o purgatório.


28ª LIÇÃO

PURGATÓRIO: UMA CONSOLADORA VERDADE DE NOSSA FÉ
*Quais são as almas que vão para o purgatório?
         Vão para o purgatório os que morreram em paz e no amor de Deus, mas ainda não satisfizeram plenamente à justiça divina.

*O que é, portanto, o purgatório?
         O purgatório existe para aqueles que, ao terminarem sua peregrinação neste mundo, estão em comunhão com Deus e com os irmãos, mas não estão bastante puros e santos para experimentar toda a grandeza do amor de Deus. Por isso, serão ainda purificados. É uma verdade de Fé.
 Lemos em (Apocalipse 21, 27): ‘’ Não entrará nela (i.é, na Jerusalém Celeste) nada de impuro...”.
(2 Macabeus 12,46): ‘’É um pensamento santo e salutar rezar pelos falecidos, para que sejam livres de seus pecados’’.

*Quais são os maiores sofrimentos das almas do purgatório?
         As almas sofrem profundo arrependimento de terem ofendido a Deus. Seu maior sofrimento é estarem privadas da amorosa contemplação de Deus.

*Podemos nós ajudar e consolar as almas do purgatório?
         Sim. Pelo consolador mistério da Comunhão dos Santos, podemos rezar pelas almas do purgatório, consolando-as e aliviando-lhes as penas.
         Devemos, portanto, praticar com solicitude a obra espiritual que nos manda rezar pelos vivos e falecidos.

*Quanto tempo durará o purgatório?
         O purgatório durará até o Juízo Final.


29ª. LIÇÃO

O CÉU: O HINO FELIZ DE NOSSA ESPERANÇA

*O que é o céu?
         Depois da morte, os que vivem e morrem com Cristo irão experimentar toda a felicidade perfeita e eterna pela posse e contemplação de Deus.
(1Coríntios 2,9): “Os olhos não viram...nem jamais veio ao conhecimento do homem o que Deus preparou para os que o amam’’.
(Apoc 21, 4): “Deus lhes enxugará todas as lágrimas...”

*Quais são os que vão para o céu?
         Irão para o céu imediatamente:
1º) os que morreram na graça de Deus;
2º) estão livres de todo o pecado;
3º) e livre do toda pena de pecado.

*Podemos esperar ir para o céu?
         Podemos e devemos esperar ir para o céu, pois pela graça divina somos herdeiros do céu. Cristo nos alcançou esse direito divino.

*Pode o cristão perder esse direito divino?
         Sim, o cristão pode perder esse direito divino pelo pecado grave, que privando-o da graça santificante, priva-o desse direito sagrado.

*Podemos alcançar novamente o direito ao céu?
         Sim. Pela confissão que perdoa os pecados e nos alcança a graça santificante.
         (Mt 5, 12): Exultai e alegrai-vos, pois minha recompensa nos céus é grande...”
         “Pai nosso, que estais nos céus... venha a nós o vosso reino!”


30ª. LIÇÃO

INFERNO: A MAIS MISTERIOSA MANIFESTAÇÃO DA JUSTIÇA DIVINA

* Que é inferno?
O inferno é o castigo e o sofrimento para aqueles que, cupavelmente recusando todos os dons da salvação, afastaram de si o amor e a misericórdia de Deus, e assim, morreram em pecado mortal.

*Como sabemos da existência do Inferno?
         1º) Jesus, que veio ao mundo para nos salvar, nos fala várias vezes de forma impressionante do inferno.
(Lc 16, 19 sg.): Parábola do pobre Lázaro
(Mt 22, 13): e especialmente (Mt 25, 31-46) (Mc 9, 42 sg.).

*Por que Jesus nos falou do Inferno?
Jesus nos falou do inferno para nos livrar dessa horrível desgraça. Jesus nos amou, morreu por nós na cruz e nos quer salvar. Vida com Deus – morte com Deus!

*É desgraça grande ser condenado ao inferno?
         É a maior desgraça! Pois os condenados nunca poderão contemplar a Deus e ficarão eternamente afastados dele.


Leiamos a passagem mais comovente do Santo Evangelho: Mateus 25. Jamais saíram dos lábios divinos palavras tão comoventes e terríveis! São palavras que saíram dos lábios de Jesus, palavras que sempre abalaram os santos e converteram milhões de pecadores, palavras pronunciadas pela misericórdia divina que nos quer salvar.

Mais sacerdotes, oh Mãe envia, sábios e santos! Ave Maria!


Virgem da Penha, minha alegria. Senhora Nossa! Ave Maria!

(..)
Mais sacerdotes, oh Mãe envia, sábios e santos! Ave Maria!

Esta é parte da canção popular pela qual os capixabas saúdam e honram a Sede da Sabedoria, Porta do Céu, Maria Santíssima. E como não houve quem, recorrendo ao seu terno auxílio, tenha ficado desamparado, as preces deste povo foram ouvidas.


Ontem à tarde, recebi a excepcional notícia que nosso caríssimo amigo e irmão Lucas Lagasse Corrêa (segundo da esquerda para direita- camisa verde) foi aceito no seminário, estando marcada sua ida para o mês de fevereiro do próximo ano. Esta notícia dá a mim e aos amigos, conhecedores da sabedoria e devoção de nosso querido Lucas, uma enorme alegria.
Isto porque, sabemos que a Igreja necessita de mulheres e homens santos. Em especial a Igreja precisa de homens santos, que se façam sacerdotes do Altíssimo, para que conduzam o rebanho que é o povo de Deus, na senda da santidade e da pura devoção do amor a Deus.

Em dias difíceis, em que o Santo Papa nos pede que abracemos a verdadeira fé em Cristo Jesus, vejo surgir várias vocações que, num primeiro momento, demonstram real disposição em abraçar a Cruz e os sofrimentos de Nosso Senhor Jesus.
O Espírito Santo, luz dos corações, guie nosso irmão, e que a Excelsa Rainha seja seu modelo de serviço, desprendimento e amor desinteressado a Deus. Oremos pelas santas vocações. Oremos pelos sacerdotes. Oremos pelo Santo Padre.


Primeiro dia do ano litúrgico.
Dia de Nossa Senhora Medianeira de Todas as Graças


domingo, 20 de novembro de 2011

LIÇÕES DO CATECISMO - 4

Salve Maria!
Viva a Cristo Rei do Universo!
Segue mais algumas lições do catecismo. Bom domingo a todos! Vivamos o Reinado de Cristo em nossas almas, levando-O, também, para a sociedade que tanto precisa de um REI!


19ª. LIÇÃO

O ESPÍRITO SANTO

*Por que subiu Jesus, nosso Redentor, ao Céu?
         1. para nos preparar um lugar, conforme Ele mesmo o havia prometido (Jo 14, 2);
         2. para ser nosso intercessor junto ao Pai (1 Tm 2, 5);
         3. para nos enviar o Espírito Santo (At 1, 7-8).

*Quem é o Espírito Santo?
         O Espírito Santo é a terceira pessoa da Santíssima Trindade, pessoa divina que desde toda a eternidade procede do Pai e do Filho: ‘’Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo... ’’.

*Quando enviou Jesus o Espírito Santo que tinha prometido?
         Jesus Cristo enviou o Espírito Santo sobre os Apóstolos no dia de Pentecostes. ‘’E ficaram todos repletos do Espírito Santo’’ At 2, 4.  

*Que graças concedeu o Espírito Santo aos apóstolos?
         O Espírito Santo comunicou aos Apóstolos uma misteriosa e divina plenitude de graças e dons. Encheu-os de luzes, de coragem, de entusiasmo, e de forças divinas para fundarem e propagarem a Igreja de Jesus Cristo, enriquecendo-os também com os carismas extraordinários.

*Que graças nos comunica o Espírito Santo?
          O Espírito Santo:    
1º) nos ilumina para compreendermos bem as doutrinas do Santo Evangelho;
2º) nos santifica;
3º) nos consola e fortalece espiritualmente. ‘’Não sabeis que vós sois o templo de Deus e que o Espírito Santo habita em vós?’’ 1 Cor 3, 16.


20ª. LIÇÃO

A SANTA IGREJA

*Quem fundou a Igreja católica?
         Foi o próprio Jesus Cristo que fundou a Igreja.

*Que é a Igreja?
         A Igreja é a grande família dos filhos de Deus. E dessa família Jesus é o princípio de fé, de vida divina e de amor.

*Podemos chamar a Igreja de “novo Povo de Deus”?
         Sim, porque a Igreja é a sociedade visível dos fiéis que formam esse novo Povo de Deus.

*Como começou Jesus a fundação da Igreja?
1º) reuniu discípulos;
2º) escolheu doze apóstolos;
3º) e nomeou a Pedro seu representante na terra. ‘’Tu és Pedro e sobre essa pedra edificarei a minha Igreja... ’’ Mt 16, 18 sg.


21ª. LIÇÃO

A IGREJA VERDADEIRA

*Quantas Igrejas fundou Jesus Cristo?
         Jesus fundou uma só Igreja para ser a Mãe espiritual e a Mestra universal de todos os homens. ‘’... edificarei a minha Igreja...’’ Mt 16, 18.

*Como podemos saber que a Igreja católica é a verdadeira?
         Sabemos que a Igreja católica é a verdadeira porque só ela possui em plenitude as notas características da Igreja fundada por Jesus e propagada pelos apóstolos. 

*Quais são essas notas características divinamente reveladoras da verdadeira Igreja?
         Essas notas são: A unidade – a santidade – a universalidade e a apostolicidade.

* Em que consiste a unidade da Igreja?
         Essa maravilhosa unidade da Igreja se manifesta da forma seguinte:
1º) a Igreja sempre e em toda a parte professa a mesma fé e a mesma doutrina;
2º) administra os mesmos sacramentos;
3º) celebra o mesmo sacrifício divino da missa;
4º) e tem e segue o mesmo chefe e pastor, o Papa, ou Sumo Pontífice: (Jo, 17, 11) : ‘’Pai Santo, guarda os que me deste, para que sejam um, assim como nós...’’ (Jo 10, 16) : ‘’Haverá um só rebanho e um só Pastor’’. (Ef 4, 5-6) : ‘’Não há senão um só Senhor, uma só fé, um só batismo. Há um só Deus e Pai de todos... ’’.

*Em que consiste a santidade da Igreja Católica?
         A Igreja é santa:
1º) porque santo é seu Divino Fundador – Jesus Cristo;
2º) porque é santa, e santificadora a doutrina por ela ensinada:
3º) porque santos e santificadores são seus sacramentos;
4º) porque na Igreja sempre houve santos, cuja santidade Deus manifestou com inúmeros milagres e dons divinos;
5º) porque em todos os tempos houve a santidade heróica dos mártires. Ef 5, 25: ‘’Cristo amou a Igreja e por ela se entregou para santificá-la’’.

*Em que consiste a universalidade ou catolicidade da Igreja?
         A Igreja é universal, ou seja, católica, porque foi fundada para todos os homens e todos os povos e raças e para todos os tempos.
(Mc 16, 15): “Ide por todo o mundo e pregai o Evangelho a todas as criaturas”.
(Mt 28, 19): Ide, pois, e ensinai a todos os povos”.

*Em que consiste a apostolicidade da Igreja?
         A Igreja é apostólica:
1º) porque foi fundada pelos apóstolos em nome de Cristo;
2º) é governada – através do séculos – pelos sucessores legítimos dos apóstolos;
3º) ensina e crê, em toda a pureza e perfeição, a doutrina dos apóstolos.

*Por que a Igreja também se chama romana?
         A Igreja Católica é chamada também, através dos séculos, Igreja romana por duas razões:
1º) pois são Pedro estabeleceu sua sede em Roma;
2º) pois o chefe supremo da Igreja, o Papa – sucessor de são Pedro – é também o bispo de Roma.


sexta-feira, 11 de novembro de 2011

LIÇÕES DO CATECISMO - 3

 Salve Maria Santíssima!
Aqui estão mais alguma lições do Catecismo. Boa leitura, bom final de semana e feriado para todos. Estaremos, Jonatan e eu, durante o feriado, fazendo os Exercícios Espirituais de Santo Inácio de Loyola, em silêncio junto as irmãs e a um padre do Instituto do Verbo Incarnado em Ponta da Fruta, Vila Velha. Oremos pelo crescimento espiritual de todos os cristãos que buscam o Senhor com suas forças, mesmo que vacilantes... a Graça supera a natureza... 

8ª. LIÇÃO

O homem – a mais nobre e perfeita criatura da terra

*Quem criou o homem?
         Foi Deus quem criou o homem dando-lhe um corpo material e uma alma espiritual, dotada de inteligência e de livre vontade.
         (Gn 2, 7) “O Senhor Deus formou, pois, o homem do barro da terra e inspirou-lhe no rosto um sopro de vida e o homem tornou-se um ser vivente”.

*Para que Deus nos criou?
         Sendo Deus a bondade infinita, Ele nos criou para conhecê-lo e amá-lo e para, assim, nos tornarmos participantes de sua felicidade.

*Como se chama o primeiro homem?
         O primeiro homem chama-se Adão e a primeira mulher chama-se Eva. A primeira mulher – como diz a Escritura – foi formada do primeiro homem. Como isso se realizou é um grande mistério para nós. Adão e Eva são nossos primeiros pais e deles procedem todos os homens.

*Qual foi o dom mais precioso que Deus concedeu a nossos primeiros pais?
         O dom mais precioso que Deus concedeu a nossos primeiros pais foi a graça santificante, que os fez misteriosamente participantes da natureza divina, filhos de Deus e herdeiros do céu.
         Pela natureza humana, somos peregrinos desta terra e, pela graça, somos peregrinos da pátria celestial.


9ª. LIÇÃO

Um capítulo triste na história dos nossos primeiros pais

*Onde colocou Deus nossos primeiros pais após a criação?
         Deus colocou nossos primeiros pais em um lugar de paz e felicidade, chamado Paraíso Terrestre, ou Éden. (Gn 2, 15).

*Ficaram Adão e Eva sempre no Paraíso?
         Não. Nossos primeiros pais infelizmente pecaram gravemente desobedecendo às ordens divinas. Assim, foram laçados fora do Paraíso, perderam a graça divina e o direito do céu, ficando sujeitos à dor e à morte.

*O pecado de nossos primeiros pais causou esses males somente a eles?
         Não. O pecado de nossos primeiros pais prejudicou também a todos seus descendentes:
1º) Privando-os do direito de herdar – com a filiação humana – a graça santificante e o direito ao céu.
2º) Tornando-os sujeitos à dor, à ignorância e à morte. (Rom 5, 12): “Por isso, como por um só homem entrou o pecado no mundo e pelo pecado a morte, assim a morte passou a todos os homens porque todos pecaram...”

10ª. LIÇÃO

Brilha a luz da misericórdia divina

*Depois do pecado e da expulsão do Paraíso, teria Deus abandonado o homem?
         Não. Nessa história triste brilha a luz da infinita misericórdia de Deus.

*Como manifestou Deus essa misericórdia?
         Deus manifestou sua misericórdia e seu amor divino prometendo aos homens um Salvador. “Deus mesmo virá e vos salvará!” Isaías 35, 4.
*Quem é o Salvador prometido?
         O Salvador prometido aos homens é nosso Senhor Jesus Cristo que salvaria os homens do pecado. (Mt 1, 21): “ Por-lhe-ás o nome de Jesus, porque Ele há de salvar seu povo do seu pecado”.

11ª. LIÇÃO

O grande mistério da Encarnação

*Quem é Jesus Cristo?
         Jesus Cristo é o Filho de Deus, o Verbo Eterno, feito homem por amor dos homens.
         “E o Verbo se faz homem e habitou entre nós”. (Jo 1, 1 e 17)

I.                  Jesus Cristo é verdadeiro Deus

1.     É Jesus Cristo verdadeiro Deus?
Sim, Jesus Cristo é verdadeiro Deus.

2.     Quem nos ensina essa verdade?
A Igreja nos ensina essa verdade desde o começo de seus 2.000 anos de existência.

3.     Em que testemunhos se funda essa verdade divina?
Essa verdade divina funda-se:
1.     Nas muitas profecias do A.T.
2.     No testemunho do Pai Celestial: Mt 3, 17: “Este é meu Filho muito amado”.
3.     Nas muitas e evidentes declarações de Jesus, confirmadas com muitos e extraordinários milagres.
4.     No testemunho dos apóstolos que, para confirmarem essa verdade, sacrificam sua vida.
5.     Na longa história da Igreja católica.
6.     No testemunho de milhões de mártires.
7.     No luminoso testemunho de grandes sábios e santos.

II.               Jesus Cristo é verdadeiro homem

  1. É Jesus Cristo verdadeiro homem?
     Sim, Jesus Cristo é verdadeiro homem.
 
2. Como se chama esse mistério: “O Filho de Deus se fez homem”?
     Esse grande e profundo mistério se chama o mistério da Encarnação.

3. O que nos ensina esse mistério?
     Esse mistério nos ensina que o Filho de Deus tomou um corpo e uma alma semelhante aos nossos, participou da nossa vida. “O Verbo – Filho de Deus – se fez homem e habitou entre nós” (Jo 1, 14).

4.     Quantas naturezas há em Jesus Cristo?
Em Jesus Cristo há duas naturezas: a natureza divina e a natureza humana.


12ª LIÇÃO

Maria Santíssima

1. Quem é a Mãe de Jesus Cristo?
         A Mãe de Jesus Cristo, Deus feito homem, é a Santíssima Virgem Maria. O anjo do Senhor anunciou a Maria e ela se tornou Mãe de Jesus. (Cfr. Lc 1, 31).

2. Como se realizou o grande mistério da Maternidade virginal de Maria?
         Esse mistério se realizou por um milagre sublime do Amor divino. ‘’Eis que uma Virgem conceberá e dará a luz um filho’’. (Cfr. Is 7, 14; Lc 1, 30-35).

3. Que graças e privilégios especiais recebeu Maria Santíssima?
         Maria Santíssima, escolhida para ser Mãe de Jesus, foi preservada do pecado original e recebeu uma maravilhosa plenitude de graças divinas. Lc 1, 28: ‘’Ave, cheia de graça!’’

4. Quais são os principais dogmas que exaltam os dons da Santíssima Virgem Maria?
         São os seguintes:
- A maternidade divina, como vimos.
- A perpétua Virgindade de Maria;
- A Imaculada Conceição;
- A sua gloriosa Assunção ao céu em corpo e alma.

5. Devemos tributar um culto especial a nossa Senhora?
         Sim, devemos tributar um culto todo especial a nossa Senhora porque Ela é a grande Mãe de Deus feito homem. Além disso, devemos amar muito a nossa Senhora porque Ela é nossa Mãe Espiritual, nos quer bem e nos quer salvar.

6. Por que nossa Senhora é nossa Mãe Espiritual?
         Nossa Senhora é nossa Mãe: 1º) Porque somos irmãos de Jesus, pela graça; 2º) Porque Ela nos orienta o que devemos fazer, seguindo seu exemplo e ordens: ‘’Fazei tudo o que Ele vos disser’’ João 2, 5; 3º) Porque Jesus, na hora divina da Redenção, nos deu sua Mãe para ser nossa Mãe; 4º) Por uma solene aclamação dos séculos. João 19, 26: ‘’Eis aí a tua Mãe’’.

7. Por que nossa Senhora é chamada de Mãe da Igreja?
         Maria Santíssima é chamada Mãe da Igreja:
1º) Porque Ela é a Mãe de Cristo, Cabeça do Corpo Místico do qual os homens, por meio do Batismo, são membros, i.é, a Igreja.
2º) Porque Maria participou dos mistérios da Encarnação e Redenção dos homens.
3º) Porque é medianeira especial das graças divinas.


13ª. LIÇÃO

São José

*Quem é São José?
         São José é o esposo virginal de Maria Santíssima, o pai adotivo de Jesus e o privilegiado protetor da Sagrada Família.

*Devemos honrar muito a São José?
         Sim, São José merece um culto especial por várias razões:
1º) Porque Cristo mesmo o honrou como pai adotivo;
2º) Por sua eminente santidade;
3º) Por ser o virginal esposo da Virgem Maria;
4º) Por ser protetor especial da Igreja Universal.


14ª. LIÇÃO

I.                  VIDA OCULTA DE JESUS
*Onde nasceu Jesus?
         Jesus nasceu um Belém, cidade da Judéia, conforme tinha sido profetizado por Miquéias.
         (Mt 2, 5 e 6): “E tu, Belém, terra de Judá, não és de modo algum a menor entre as cidades de Judá, porque de ti sairá o Chefe que governará Israel, meu povo”.

*Que circunstâncias misteriosas e extraordinárias acompanharam o nascimento de Jesus?
         Os santos evangelhos salientam os fatos seguintes:
1.     Jesus, Deus feito homem, nasceu em uma pobre gruta e foi deitado em um presépio, em uma pobre manjedoura. (Cfr. Lc 2, 6-7)
2.     Anjos apareceram e anunciaram aos pastores o nascimento do Messias. (Cfr. Lc 2, 8-24)
3.     Uma estrela misteriosa apareceu aos Reis Magos e os guiou até Belém. (Cfr. Mt 2, 1-12)
4.     A matança dolorosa dos inocentes profetizada por Jeremias. (Cfr. Mt 2, 16-18)

*Além dos misteriosos fatos citados, quais são outros mais importantes da vida oculta de Jesus?
1. A circuncisão (Lc 2, 21).
2. A apresentação de Jesus no Templo de Jerusalém (Lc 22, 22-24).
3. A profecia do velho Simeão. Ele recebeu a revelação que não morreria sem ter visto o Messias (Lc 2, 25 sg.).
4. A fuga da Sagrada Família para o Egito (Mt 2, 13 sg.).
5. A comovente passagem: Jesus no Templo aos doze anos (Lc 21, 41 e sg.).

*Qual é o mistério mais comovente da vida de Jesus até aos trinta anos?
         O mistério mais comovente é Jesus ter levado, até essa idade, vida oculta, humilde e dedicada à oração, à vida familiar e ao singelo trabalho de carpinteiro, e seu exemplo de obediência.
         O Evangelho resume esse período com as breves palavras: “Ele – Jesus – lhes era submisso”, i.é, perfeitamente obediente (Lc 2, 50).


15ª. LIÇÃO

II.               VIDA PÚBLICA DE JESUS

*O que fez Jesus depois dos 30 anos?
         Tendo 30 anos, Jesus quis ser batizado por São João Batista; retirou-se ao deserto para lá rezar e jejuar durante 40 dias; andou pobre na Palestina, pregou a justiça, a paz, o amor, durante três anos, e escolheu os doze apóstolos.

*O que Jesus ensinou aos homens?
         Jesus ensinou, com autoridade e sabedoria divina, todas as verdades que devemos crer e praticar para nos salvar.

*Onde encontramos a doutrina que Jesus ensinou?
         Nos santos Evangelhos.

*Quais são as duas verdades fundamentais que Jesus nos ensinou?
         Essas duas verdades são:
1.     Que Ele é o Filho de Deus;
2.     E que Ele é o Salvador do Mundo, o Messias prometido.

*Como Jesus provou que Ele era o Filho de Deus e o Messias?
         Jesus provou que era o Filho de Deus e o Salvador prometido:
1º.) por seus numerosos milagres;
2º) por sua vida santíssima;
3º) por sua doutrina divina;
4º) por sua morte e gloriosa ressurreição.

*Quais são as outras verdades principais que Jesus ensinou?
         Jesus nos revelou e ensinou lindos mistérios e doutrinas divinas: Jesus nos falou sobre Deus Uno e Trino; sobre a vida divina em nós pela graça; sobre a caridade, sobre a oração e sobre a eternidade.

*Quais são os grandes tesouros divinos que Jesus nos deu?
         Entre outros, Jesus nos deu três grandes tesouros divinos:
1.     A Igreja
2.     Os Sacramentos
3.     O Santo Sacrifício da Missa, a comunhão e o misterioso dom de sua presença sacramental.


16ª. LIÇÃO

III.           PAIXÃO E MORTE DE JESUS

*Por que motivos quis Jesus sofrer a paixão e morrer na cruz?
         Jesus quis padecer e morrer:
1.     para nos reconciliar com Deus;
2.     para merecer-nos as graças divinas;
3.     para livrar-nos da morte eterna e abrir-nos as portas do céu.

*Morreu Jesus por todos os homens?
Sim. Jesus morreu por todos os homens de todos os tempos. Ele é a propiciação pelos nossos pecados e não somente pelos nossos, mas também pelos de todo o mundo (1 João 2,2).

*Quais foram os principais sofrimentos de Jesus?
1. Jesus sofreu a longa Agonia no Jardim das Oliveiras;
2. Sofreu a dor imensa da traição de Judas Iscariotes, o apóstolo infiel;
3. Sofreu a flagelação, coroação de espinhos, insultos e injúrias horríveis;
4. Sofreu a crucificação, as três longas horas na cruz e finalmente a morte dolorosíssima.

*Por que nos deve comover profundamente a paixão e morte de Jesus?
         Porque Jesus quis sofrer tanto e morrer por amor de nós.
         S. João diz: Jesus Cristo nos amou e os lavou dos nossos pecados no seu sangue” (Apoc 1, 5).

17ª. LIÇÃO

IV.           A RESSURREIÇÃO DE JESUS

*Depois da morte de Jesus, o que fizeram de seu corpo santíssimo?
         Depois da morte de Jesus, discípulos fiéis o desceram da cruz e o colocaram em um sepulcro.

*Para onde foi a alma de Jesus?
         A alma de Jesus desceu à mansão dos mortos, onde estavam as almas dos justos esperando a graça da Redenção e a entrada no céu. A mansão dos mortos chama-se também limbo.

*Quanto tempo ficou Jesus no sepulcro?
         Ao terceiro dia Jesus ressuscitou gloriosamente, como tinha anunciado aos apóstolos: MT 27,62; 28, 1-10 ; Jo 20,27 ; Mc 16,9-15. A festa da Páscoa, que celebra solenemente a Ressurreição de Jesus, é a maior festa litúrgica do ano.

*Que nos ensina a festa da Páscoa, celebrada pela Igreja, há quase dois mil anos?
Esta festa nos deve fortalecer na fé na divindade de Jesus e no caráter divino e na invencibilidade da Igreja, que – como o Cristo – terá sempre novas sextas-feiras santas e novas ressurreições. Ressuscitado, Jesus nos fortifica sempre e está conosco para nos libertar do pecado e nos ajudar a viver uma vida nova.


18. LIÇÃO

V.              A ASCENÇÃO DE JESUS AOS CÉUS

*Que fez Jesus, logo depois da sua gloriosa Ressurreição?
         Jesus Cristo, em uma especial manifestação de amor para com os seus apóstolos e amigos, demorou-se ainda 40 dias na terra.

*O que fez pelos apóstolos e por nós, durante esses quarenta dias?
         Durante esses quarenta dias, Jesus:
1. mostrou que estava vivo e confirmou de forma evidente a verdade de sua Ressurreição;
2. deu novas instruções sobre sua doutrina;
3. e, como diz a Escritura: ‘’falou-lhes sobre o reino de Deus’’, o que quer dizer: deu-lhes instruções sobre a organização da Igreja, que é o reino de Deus neste mundo (At 1, 1-11).

*O que fez Jesus após os quarenta dias?
         Após os quarenta dias, Jesus subiu aos céus.

*Quais foram as últimas palavras de Jesus aos apóstolos, no momento da Ascensão?
         Jesus ordenou-lhes:
1. que se preparassem para a vinda do Espírito Santo;
2. que fizessem dos homens todos seus discípulos, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo.

*Voltará Jesus outra vez ao mundo?
         Sim. Ensina-nos a doutrina da Igreja que Jesus virá outra vez à terra no fim do mundo, para julgar os vivos e os mortos, todos os homens, bons e maus (At 1, 11).